Manifesto aos Católicos Perplexos


MANIFESTO AOS CATÓLICOS PERPLEXOS

PELO QUAL
SE DECLARA O ROMPIMENTO DA ARQUIDIOCESE DE BELÉM DO PARÁ
COM A SÉ INSTALADA NO HABBO HOTEL

PROÊMIO

Nosso Senhor Jesus Cristo, Sumo e Eterno Pastor, confiou aos Apóstolos o augusto mandato de se dirigirem aos quatro ventos da terra, proclamando o mesmo Santo Evangelho que d’Ele haviam recebido como precioso tesouro. Para tão excelsa missão, adornou-os com graças superabundantes, a fim de que não desfalecessem sob o peso deste ministério sagrado. Concedeu-lhes, assim, o múnus divino de santificar, governar e ensinar na fé todas as almas que lhes fossem confiadas, conduzindo-as ao aprisco celestial. Nesta sublime vocação, a dignidade episcopal não reclama apenas pureza e santidade pessoal, mas também um zelo ardente, vigilante e incansável, para guardar imaculada a fé recebida, defender a integridade do depósito apostólico e promover, com paternal solicitude, o bem espiritual do rebanho que lhes foi entregue pelo Supremo Pastor.

Diz assim o escritor sagrado ao se referir à responsabilidade episcopal: “Cuidai de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastorear a Igreja de Deus, que ele adquiriu com o seu próprio sangue” (At 20, 28). É considerando a força dessas palavras que concluímos que o pastor do rebanho não possui o mínimo direito de permanecer omisso diante de um cenário que põe em perigo as suas ovelhas, quer seja pelo escândalo, quer seja pela subtração de sua fé.

Nesse espírito, não poderia escapar de nosso olhar a triste situação em que se encontra a Sé instalada no Habbo Hotel, passados 5 (cinco) anos desde o início das perseguições, falsos julgamentos e arbitrariedades empreendidas por aqueles que fizeram e ainda fazem parte da alta corte romana. A orientação maquiavélica tomada pela Roma habbiana não prejudica apenas aqueles constituídos do sacramento da Ordem, senão que escandaliza também - e majoritariamente - o povo de Deus. Resta-nos, então, assumir a dolorosa realidade: já não é mais possível ouvir a voz daqueles que deveriam ser os pastores da verdade e da justiça.

I.  O ALVORECER

No início do ano do Senhor de dois mil e vinte, a Igreja habbiana vivia um período de transição de regime: o antigo poderio representado pelos cardeais Odilo Scherer, Sthevan Fitzwan e Pablo Maxi foi, pouco a pouco, sendo substituído por uma nova corte que viria a ser composta pelos cardeais Vito Lavezzo, Joseph Ravassi e Jorge Snaif, contando ainda com o beneplácito do Cardeal Daniel Stramantino. O clima que então reinava era de vivo júbilo e jubilosa esperança. Olhávamos, com claridade quase mística, o sopro de renovação que percorria os átrios sagrados da Igreja. Sonhávamos com uma Esposa de Cristo purificada, livre das mazelas e das sombras de outrora, redimida das ilicitudes que eram imputadas aos antigos príncipes da Igreja e que pensávamos - ingenuamente - serem exclusivas deles.

Com efeito, os clérigos alinhados ao novo regime — e entre estes, alguns que firmam o presente manifesto — ocupavam a linha de frente no apostolado virtual: governávamos arquidioceses, dirigíamos ordens religiosas, zelávamos pelos seminários e animávamos, com fervor, toda a ação pastoral. Em todas essas frentes, éramos sustentados pelo favor e pela aprovação da Cúria Romana da época, o que nos fazia crer, sem hesitação nem temor, que presenciávamos uma verdadeira aurora para a Igreja: uma nova primavera espiritual, na qual pastores autenticamente católicos herdariam e prolongariam aquele venerável espírito que um dia animou Vinícius Soares Silva e seus companheiros na edificação do Reino da Palavra no Habbo Hotel.

O alvorecer da grande divisão de 2020, perpetrada pelos clérigos do antigo regime, fez-nos acreditar que ainda estávamos no caminho certo. Defendíamos o que instruía o então Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Carlo Ventresca: 

Se realmente desejassem restaurar a Igreja, não o teriam feito dentro dela e em suas posições? Assim agem os bons filhos, cooperando unidos ao seu Senhor, à sua Igreja e ao seu pontífice. 

Por isso, a ideia de romper a comunhão com a Sé Habbiana parecia-nos escandalosa, de modo que jamais outorgamos qualquer legitimação às obras eclesiais do clero dissidente. Havia em nós uma mentalidade que prezava pela unidade e pelo bom ânimo no serviço evangelizador.

Cumpre, porém, em nome da verdade e da justiça, reconhecer que os homens ora acusados neste manifesto desempenharam, em seus dias, labor digno e relevante nas diversas esferas da Igreja Habbiana. Por tais méritos, depositávamos neles nossa confiança e nossa filial obediência. Não lhes negamos o louvor pelo zelo que demonstraram na manutenção da venerável instituição virtual conhecida como ICAR, nem pelas inovações que, de certo modo, contribuíram para a vitalidade e eficácia do ministério eclesial.

No entanto, foi com coração consternado que víamos a realidade por detrás das ações desses senhores ser paulatinamente desmascarada. Após a derrocada do clero dissidente, conseguiram então a tão sonhada estabilidade nas cátedras da Cúria Romana. A partir desse ponto, a chamada “Família Médici” - dirigida pelos cardeais Joseph Ravassi, Jorge Snaif, Wesley Oliveira e Giuseppe Betori - deu início ao seu plano maquiavélico de derrubar todos aqueles que, por algum torpe motivo, não lhes apraziam. Neste momento, constatamos que os velhos príncipes da Igreja, a quem tanto insistimos em combater, tinham razão em suas reivindicações. Confíteor Deo omnipoténti…

Iniciaram-se, assim, as tristes perseguições que culminaram na atual decadência do clero presente no Habbo Hotel. Percebia-se que “todas essas atitudes da nova regência da igreja eram pautadas em uma só afirmação: ‘Os antigos haviam errado muito! Não havia espaço para eles na igreja do Habbo.’ O que se comprovou na realidade é que os mesmos que agora sentavam no júri para purificar a igreja, eram, na verdade, tão apóstatas e orgulhosos como, talvez, aqueles que puseram para fora do convívio eclesial. Há uma crassa hipocrisia nisso. É o que mais nos consterna” (cf. Dom Marcelo Araújo e Dom Eugênio Pacelli, 2023).

II.  A DECADÊNCIA

Não ignoramos que os acontecimentos recentes não são frutos do acaso, mas nasceram de artifícios humanos e de corações inquietos. Eis que os cardeais da Família Médici, movidos por excessos de zelo político, reuniram-se em confidências reservadas, em grupos de WhatsApp, para planejar a destituição de irmãos que, a seus olhos, representavam uma "ameaça" à estabilidade de seu projeto. Em vez de promoverem o diálogo fraterno, preferiram o caminho do cálculo estratégico, esquecendo-se das palavras do Senhor: “Todo reino dividido contra si mesmo será devastado” (Mt 12,25). Assim, a comunhão que deveria ser cultivada com paciência e caridade deu lugar à lógica da disputa.

Muito digno de nota é o diagnóstico cabal que fizeram os cardeais João e Charles Frazen acerca do cenário calamitoso em que se encontra o orbe habbiano:

Rejeitaram a humildade evangélica e abraçaram a tirania do orgulho, buscando não servir, mas dominar, não guiar com amor, mas esmagar com prepotência. Assim procedendo, tornaram-se lobos em meio às ovelhas, e escândalo para os pequenos. Outrossim pecaram pela ação ou pela inação, e por isso demonstraram conivência com o pecado, tendo escandalizado a Igreja de Deus por sua ausência de caridade pastoral. Por isso, diz o Senhor: ‘Vós sabeis que os chefes das nações as dominam e os grandes as tiranizam. Entre vós não deverá ser assim; quem quiser tornar-se grande entre vós, seja aquele que vos serve.’ (Mt 20,25-26).
(Declaração de Anátema - Excomunhão Maior e Maldição Perpétua, 2025)

Os primeiros a serem perseguidos pelo novo establishment fizeram parte da então “Família Alberti”, representada pelo Cardeal Lavezzo e pela Ordem Terceira do Carmo. Em seguida, foi a vez da “Família Araújo” de padecer da mesma perseguição. O início do ano jubilar de 2021 foi de grande dor para a Igreja, completamente diferente - assim pensávamos - do início do ano anterior. O padrão se repetia, a repressão era distribuída à revelia, pelo simples prazer de mandar e destruir. Tentaram legitimar suas ações valendo-se de critérios que, apesar de parecerem verdadeiros, não foram aplicados quando os juízes eram, na verdade, réus dos mesmos crimes.

De fato, os mesmos cardeais tomaram em suas mãos os tribunais eclesiais, instrumentos que deveriam ser expressão da justiça divina e da misericórdia pastoral. Conduziram julgamentos em que se utilizaram provas forjadas, conforme admitido pelos próprios, lançando sentenças também descabidas. A função sagrada do discernimento, que deveria refletir a prudência de Cristo, foi substituída por uma justiça apressada, fruto mais do medo do que da verdade. “O juízo será sem misericórdia para aquele que não usou de misericórdia” (Tg 2,13), como nos recorda a Escritura. 

Ainda mais escandaloso e merecedor das mais severas reprovações foi o episódio envolvendo os senhores Joseph Ravassi, Jorge Snaif e Wesley Médici ocorrido em março de 2021. Quando perceberam que o então Papa Tiago (Raul Gabriel Steiner) não fazia mais os seus caprcinhos e nem se submetia às suas manipulações, decidiram intervir da forma mais sórdida possível. Sem autorização, procederam com o acesso indevido à conta pessoal do Pontífice, deflagraram publicamente sua "morte virtual" e lhe subtraíram o e-mail pessoal e a senha, devolvendo-os apenas no início do ano de 2022. Em verdade, os referidos procederam dessa forma pois o Cardeal Steiner já havia, num passado remoto, estado em situação semelhante, e utilizaram do fato para somar créditos à sua narrativa mentirosa, incriminando injustamente o papa “falecido”.

Muitos, perplexos, perguntavam: “Senhor, para quem iremos?”. Destarte, poderiam as almas inocentes cogitarem se os purpurados envolvidos no crime já não teriam se arrependido do ato? Sim, poderiam, se os supracitados tivessem, em algum momento, confessado publicamente a verdade dos fatos e lavrado uma retratação póstuma ao Papa Tiago. Entretanto, isto não aconteceu, haja vista que são como figueiras ressequidas à beira do caminho, ornadas de folhas mas desprovidas de fruto, pois em seus corações não brota o arrependimento nem floresce o desejo de conversão pública. 

Ademais, repara-se que estas e outras obras malignas são possibilitadas a partir do excesso de burocratização, instalado na Cúria Romana de forma proposital para que lhes servisse da maneira que fosse conveniente. Nesse escopo, recorda-se que a formalidade excessiva das leis torna fácil ao tirano encontrar sempre um pretexto para punir. Assim também, na Igreja Habbiana, a multiplicação de decretos e processos, longe de servir à justiça evangélica, torna-se arma nas mãos dos que, sedentos de domínio, buscam legitimar sua tirania sob o véu de aparente legalidade. 

Outra realidade evidente, que salta aos olhos, é a constante e retardatária burocratização dos processos na Cúria Romana. Cada vez mais ralentando, de forma onerosa e taxativa, e disso só podemos tirar uma conclusão: os articuladores dessas burocracias, os Prefeitos dos Dicastérios, que por - nada - surpreendente coincidência são os grandes motores dessa crise, acumulam os poderes de configurar, cada vez mais, a igreja em seu clube pessoal.
O formato "colegial" - puramente oligárquico - supostamente empreendido tem um propósito: minar o poder do Soberano Pontífice, de forma a dar autonomia e controle da igreja aos purpurados, que assim, nunca correm o risco de deixar suas funções e sua devassidão. Uma prova evidente disso foram nossas tentativas de diálogo, todas brecadas por cardeais, sem contato com o Papa, de forma que até o Papa expôs necessitar da iniciativa de um determinado Prefeito para poder ter contato conosco. Até os clérigos que são seus subordinados, em suas arquidioceses fantasmas, assumem o retardatário e oneroso trato para com esses dicastérios, com processos que levam dias e até semanas para andar nas mãos de Prefeitos.
(Manifesto episcopal, Dom Marcelo Araújo e Dom Eugênio Pacelli, 2023)

E como se não bastasse tamanho abismo de iniqüidade, prometeram — em vão — apagar os registros ardilosos e os julgamentos falsificados por ocasião do retorno de Dom Tomás Von Klapperschlange e de sua família Araújo. Prometeram, como falsos profetas, “cura e reconciliação”, mas suas palavras não passam de névoa. Deixaram os registros apenas como rascunho, como se zombassem da memória dos prejudicados. “Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim” (Mt 15,8). De que vale apagar parcialmente as manchas, se o coração permanece obscurecido? Onde está o “sim, sim; não, não” que nos manda o Senhor? Em vez de restaurar a verdade, perpetuam o escândalo, e a ferida permanece aberta no Corpo da Igreja.

A combinação de todos estes acontecimentos arrastou a Igreja Habbiana a uma crise jamais vista desde 2010. Os claustros estão vazios, os seminários desertos, os altares frios. As missas celebradas em território romano são um dos maiores vexames já testemunhados na história da Igreja, com uma média de cinco pessoas no quarto. Já não se escutam cânticos de novos vocacionados, pois quem ousaria consagrar-se num recinto dominado por lobos travestidos de pastores? Os poucos que se aproximam são noviços manipuláveis, marionetes que desconhecem o modus operandi dos seus senhores. A vinha do Senhor, que deveria transbordar de frutos santos, jaz agora como terra ressequida, incapaz de gerar vida.

Desde então, Roma deixou de ser um farol que guia os fiéis católicos pelo caminho da salvação e tornou-se um farol ultrapassado, com pouca luz, que não sabe para qual direção apontar. A Cúria Romana, que deveria irradiar santidade e missão, tornou-se soberba, vaidosa e infestada de letargia espiritual; os cargos foram transformados em tronos pessoais e a burocracia imposta pelos algozes superou as máximas do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

As almas deixaram de ser vistas com dignidade de filhas de Deus, os pobres foram esquecidos e desprezados pelos príncipes purpurinados, a evangelização foi substituída por meros editais que nada inspiram à prática da piedade cristã. Além do mais, o clero perdeu o sentido de unidade, de irmãos que trabalham juntos na messe do Senhor, agora tudo não passa de um jogo de poder, em que é necessário humilhar-se diante dos tiranos com solidéu vermelho.
  
Não há mais Cristo nos corredores de Roma, há apenas um silêncio que simboliza o fracasso de uma Cúria que não conhece Jesus Cristo. Os católicos estão perplexos.

III.  A SOLUÇÃO

No decurso destes dolorosos acontecimentos, vimos com pesar como as fragilidades de Roma — manifestadas em sua crescente burocratização e nas suas intervenções imprudentes — feriram profundamente a Arquidiocese de Belém. Sob a condução do Metropolita, Dom Tomás Von Klapperschlange, Belém buscava florescer como vinha fecunda aos olhos do Senhor. No entanto, em vez de apoio fraterno, recebeu entraves administrativos, intromissões infundadas e uma vigilância burocrática que asfixia a liberdade pastoral. A lei deve servir à salvação das almas, não escravizá-las. Toda lei e estrutura canônica devem ser instrumentos de vida, jamais grilhões de servidão.

De igual forma, denunciamos, por meio deste manifesto, uma doutrina muito difundida entre os corredores da Sé Habbiana, pela qual se outorga uma supremacia absoluta diante dos outros cleros em virtude de sua fundação ter se dado anteriormente aos demais. Os defensores desse falso ensinamento pensam que o Espírito Santo conferiu algum tipo de autoridade, quer espiritual, quer temporal, à Igreja virtual do Habbo, sendo, ipso facto, má, injustificada e sem efeitos qualquer tentativa de se apartar desse orbe.

Não podemos deixar de refutar, com clareza lógica e fidelidade à reta razão, esta perniciosa doutrina que atribui à Sé virtual do Habbo qualquer autoridade infalível ou supremacia análoga àquela prometida por Cristo à Sua única e verdadeira Igreja na ordem real e visível. A ICAR não possui, por si mesma, qualquer poder ontológico ou carisma de infalibilidade, pois “o Espírito Santo foi prometido aos sucessores de Pedro não para que manifestassem nova doutrina, mas para que guardassem santamente e expusessem fielmente o depósito da fé” (Concílio Vaticano I, Pastor Aeternus). 

Ao contrário, sua legitimidade reside unicamente em um vínculo contratual e pastoral, dependente do consentimento e da fidelidade de seus membros ao carisma original que a suscitou: ser instrumento de evangelização no Habbo Hotel. No instante em que essa missão essencial é traída, e o anúncio do Evangelho substituído por jogos de poder, a Sé virtual se desveste de qualquer autoridade moral ou espiritual, tornando-se uma estrutura vazia. Pois, como adverte o Senhor, “Se o sal perder o sabor, com que se há de salgar?” (Mt 5,13). Assim, rompida a fidelidade ao princípio fundador, a Igreja virtual do Habbo perde sua luz e, com ela, toda pretensa e arrogada autoridade.

Dessa forma, por questão de consciência e fidelidade à missão evangelizadora, DECLARAMOS solenemente o ROMPIMENTO da COMUNHÃO entre a ARQUIDIOCESE DE BELÉM DO PARÁ e a ROMA instalada no HABBO HOTEL, representada pelo Papa Gabriel. Não o fazemos por capricho ou rebeldia, mas por fidelidade ao Evangelho e à missão que recebemos como pastores. “Importa obedecer a Deus antes que aos homens” (At 5,29), exclamaram os Apóstolos, e nós, na mesma fé, seguimos. A comunhão, quando corrompida em sua raiz, já não edifica; torna-se peso morto, incapaz de sustentar a barca de Pedro.

Sendo assim, FIRMAMOS também, em espírito de profunda esperança, a nossa adesão firme e jubilosa à COMUNHÃO com Sua Santidade, o Papa Pio III, canonicamente entronizado na SÉ APOSTÓLICA DO HABBLET HOTEL. Reconhecemos ali um refúgio seguro para o verdadeiro espírito católico, fiel às Sagradas Escrituras, à Sagrada Tradição e ao Magistério perene. Ao nos unirmos ao Papa Pio III, renovamos o compromisso de manter íntegra a fé, sem adulterações, em plena docilidade ao Espírito Santo: “Onde está Pedro, aí está a Igreja; onde está a Igreja, aí não há morte, mas vida eterna” (Santo Ambrósio).

Lembramos que não nos compete julgar as ações pessoais ou íntimas dos indivíduos da atual cúpula romana. Não nos detemos nas suas opções de vida privada, pois “Quem és tu para julgar o servo alheio?” (Rm 14,4). O que nos fere, o que nos move a agir, é unicamente o mal cometido no âmbito virtual da Igreja, no seio da ICAR, onde o abuso de autoridade, a perseguição e o silêncio cúmplice se tornaram sementes de divisão. Nossa voz ergue-se não contra almas individuais, mas contra práticas injustas e contrárias ao Espírito do Evangelho.

Portanto, conscientes da profunda crise em que se encontra a igreja no Habbo Hotel e cheios de zelo pela causa de Nosso Senhor Jesus Cristo, assim como o profeta Elias que denunciou os sacerdotes pagãos e restaurou o altar do Deus único e verdadeiro em Israel, não podemos ficar inertes diante da atual crise que aflige os corações dos católicos habbianos.

Aos irmãos e irmãs que, ao longo dos anos, foram injustiçados, caluniados ou relegados ao exílio silencioso, fazemos um apelo ardente: Vinde! Unam-se a este movimento iniciado pela Arquidiocese de Belém. Aqui, cada coração ferido será acolhido com ternura, cada história será ouvida, cada alma, abraçada. O Senhor mesmo nos convida: “Vinde a mim, vós todos que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei” (Mt 11,28). Não há ferida tão profunda que não possa ser curada pelo bálsamo da verdadeira caridade.

E, por fim, elevamos nossas preces ao Altíssimo, suplicando a Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo e Bom Pastor, que derrame sua infinita misericórdia sobre os membros atuais da Cúria Romana. Pedimos, pela intercessão gloriosa dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo, colunas da Igreja, que converta seus corações endurecidos, purifique suas intenções e os conduza à plena luz da verdade. Que possam reencontrar a alegria do serviço humilde e fiel, para que, em tudo, Deus seja glorificado. “Ut unum sint” — para que todos sejam um (Jo 17,21). Amém.

Dado no Palácio das Laranjeiras, no primeiro dia do mês de julho do ano do Senhor de 2025, sob a Coroa de Sua Santidade, o Papa Pio III.

Dom Tomás Araújo Von Klapperschlange
Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará

Dom Apolônio Materazzi
Bispo-auxiliar de Belém do Pará

Dom Ronaldo Skol Araújo Junior
Bispo-auxiliar de Belém do Pará

Rev. Pe. Artur Fleichman Maria Lefebvre
Vice-chanceler de Belém do Pará

Também assinam este manifesto,

Dom Marlindo cardeal Araújo, OFMCap

Dom Charles cardeal Frazen

Dom João cardeal Frazen, OSB

Dom Anthony Bridgerton

Rev. Mons. Newton Ribeiro, Prior da União

Rev. Pe. Mário Plínio

Rev. Pe. João Santana

Rev. Pe. João Maffs

Rev. Pe. Rock Marchetti Giocchino.

Rev. Pe. Marcelo Araújo

Rev. Pe. Ian Barros

Rev. Pe. Francisco Mesmero

Rev. Pe. Edward Mojjola

Diác. Pedro Monterlei

Sra. Heloise Iracema Brennand de Suassuna

Ir. Dra. Regina Knowless-Germanotta de Melo Rossi Kaxinawá

Sr. Dr. Bryan dos Ouros 

Dom Barão Matheus von Sarto

Sem. Jacques Comblin

Sem. Havak Savir

Sem. Lucas Azola

Ir. Flazy Arariboia dos Palmares

Sr. João Gabriel Klosh Araújo

Sra. Dra. Nyxalis Nogueira

Sra. Confusa Ferraz 

Sra. Maria Thereza

Sra. Ruby

Sra. Bixxcoito Ramos

Dra. Mila Frazen

Sr. Scottic

Sr. Adalberto

Fr. Javé Ferreira, OFM

Dra. Sara Frazen

Ir. Mithya Vênus

Sr. Alfred Frazen

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